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Desafios, Conquistas e Ciclismo: Paris-Roubaix

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Com a Paris-Roubaix se aproximando (6 e 7 de abril!), a adrenalina se intensifica junto com as reflexões. Tanta emoção me leva a compartilhar a saga de uma ciclista enfrentando esse épico de lama e paralelepípedos. Afinal, a Paris-Roubaix não é para os fracos de coração, mas uma aventura com suas dificuldades e que faz todos os esforços valerem a pena!

A clássica prova Paris-Roubaix, apelidada de “Inferno do Norte”, é um desafio épico de 258 km em meio a paralelepípedos irregulares, exigindo técnica apurada, força física e mental imensa, além de uma dose extra de bravura para enfrentar as duras condições da prova. A chuva na região transforma a prova em um verdadeiro inferno, com lama, quedas e imprevistos que testam os limites dos ciclistas.

Desde 1896, a prova exalta a resistência humana, culminando na consagração no lendário velódromo de Roubaix. Os chuveiros, instalados na entrada do velódromo, além de registrar os nomes dos vencedores de cada ano, funcionam como um ritual de purificação, lavando a lama da batalha épica travada nas estradas. Em 2021, em meio à pandemia, a prova feminina foi estreada, ecoando a força das mulheres no ciclismo. Anteriormente, era considerada uma prova muito perigosa para mulheres.

Em 2022, tomei uma decisão de grande impacto na minha vida: participar da Paris-Roubaix, na versão Challenge 170km, um pouco mais curta que a dos ciclistas profissionais. O desafio era intimidante, mas também excitante. Movida por uma boa dose de ousadia e pelo desejo de superar meus próprios limites, eu sabia que enfrentaria uma jornada extenuante. Estava determinada e disposta a explorar meu potencial e completar a prova.

Não se tratava apenas de pedalar quilômetros nos clássicos paralelos, incluindo a área Trouée D´Arenberg, temida pelos ciclistas. Imagine enfrentar trechos acidentados, lama traiçoeira e a constante ameaça de quedas perigosas. A cada pedalada, exigia técnica apurada, força física e mental. Era uma batalha constante contra a exaustão e a possibilidade iminente de acidentes.

Mas, em meio à dificuldade, encontrei inspiração na envolvente torcida que ficava às margens do percurso da prova. Ciclistas de diferentes idades e origens, unidos pela determinação de superar seus limites. A prova foi concluída, entretanto fora do tempo; as medalhas haviam acabado e então a minha chegou pelo correio ao Brasil.

A Meta do Velódromo:

Em 2023, a meta ficou ainda mais ambiciosa: conquistar os 145 km dentro do tempo limite e pedalar no icônico velódromo de Roubaix! Dediquei meses a um treinamento rigoroso, com nutrição balanceada, planejamento estratégico e preparação para lidar com imprevistos. Contando com o apoio incondicional de pessoas queridas, aprendi a me adaptar às exigências da prova e isso tudo foi fundamental para o meu sucesso.

Na largada, a adrenalina corria solta. Tinha um objetivo: chegar ao velódromo antes das 14 horas. Olhava ao meu redor e percebia a diversidade de participantes e a grande variedade de modelos de bicicleta, todos ali na expectativa de viver aquela experiencia. Apesar das dificuldades que iriam enfrentar na prova, o sorriso era evidente em seus rostos.

Nesse momento, só uma coisa passava pela minha cabeça: ter força emocional para cumprir o prazo. E foi quando senti a resposta do meu corpo. Ao chegar na reta próxima ao velódromo, o marcador indicava 13:40. Era possível! Fiz a curva e entrei no velódromo antes das 14 horas, como planejado. Pedalei no velódromo, emocionadíssima, cruzei a linha de chegada, desci da bicicleta e segui em meu choro de vitória. A sensação de ter superado a meta era indescritível. O registro da prova, BIB 2451, confirma meu tempo: 7:45:35.

O que aprender com o clássico – A Emoção da Vitória:

Uma jornalista veio falar comigo – link Paris-Roubaix Challenge 2023 – Best of (youtube.com); acredito que minha emoção transbordava na linha de chegada. Eu era a única brasileira, ou pelo menos a única meio italiana, naquela prova épica. Valeu a pena cada gota de suor, de preparo, cada pedalada e cada trecho de paralelepípedo superado; uma superação dos meus próprios limites.

A conquista dessa corrida se tornou uma metáfora poderosa para mim, frente ao mundo dos negócios, demonstrando a importância da resiliência, do planejamento, da adaptação, da aprendizagem com o passado, e acima de tudo, de não se subestimar.

Portanto, a Clássica Paris-Roubaix não é apenas uma corrida de ciclismo; é uma metáfora para a vida profissional. É preciso ter força física sim, e mental principalmente para superar os desafios, porque o sucesso não se baseia somente em habilidades técnicas; é crucial ter foco absoluto para alcançar os objetivos e lidar com as adversidades no caminho.

Deixo aqui o convite, que tal pedalar sobre um paralelepípedo? Talvez descubra uma nova maneira de superar obstáculos e se divertir um pouco!

Fotos: Divulgação/CO – Assessoria ()

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Tiago Ghidotti

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