Gilberto Gil dá adeus aos palcos, mas promete surpreender em shows esporádicos
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Gilberto Gil dá adeus aos palcos, mas promete surpreender em shows esporádicos

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Assim que comemorou seu aniversário de 82 anos, Gilberto Gil aproveitou o momento para anunciar sua aposentadoria dos palcos. O cantor é uma das figuras mais importantes da música brasileira e após uma enorme turnê com sua família de musicos, deve descansar dos palcos e se apresentar esporadicamente. A esposa do famoso, Flora Gil, fez questão de dar detalhes.

“Fará apresentações esporádicas, mas não mais turnês. Foi uma decisão muito bem pensada do Gil, de dar, sabiamente, um passo para trás. Para depois dar outros à frente”, explicou Flora que também cuida de toda parte de assessoria de imprensa do cantor e de outros membros da família.

Gilberto Gil abre o jogo sobre drogas na velhice e explica: ‘Cada vez menos frequente’

Gilberto Gil sempre se mostrou uma pessoa que fez tudo que tinha vontade na juventude e segue sendo assim na velhice. No entanto, em uma entrevista para a revista Breeza, o cantor explicou que o uso de entorpeceres sempre fez parte da sua vida e afirmou que até hoje, quando tem vontade, procura as substâncias.

“Eu tinha vontades novas na vida, queria descobrir coisas, e pra isso me juntar àqueles que praticavam coisas com as quais eu tinha um mínimo de identificação, de atração. Dentre os hábitos da minha geração, um deles era as experiências com expansores de estados de consciência, então eu acho que tava de acordo, compatível com um momento da vida, a minha idade, o meu impulso daquele momento”, comentou ele, que seguiu:

“Foi natural na minha vida que eu tivesse aqueles impulsos e desejos que me levavam àqueles hábitos e práticas. Durante muitos anos experimentei a cannabis, o peiote, o ácido lisérgico, a ayahuasca, experimentei vários transformadores, expansores de consciência porque, afinal de contas, estavam na pauta. Eram coisas pautadas pelo meu povo, pela minha geração, pelos meus iguais, pelos meus colegas”, explicou.

Por fim, Gil falou sobre como lida com as drogas nos dias atuais: “É cada vez menos frequente. Eu não tenho nenhum impulso, nenhuma vontade de forçar os processos de transformação da realidade através de situações mentais porque não tenho vontade disso, não tenho mais. “Não tenho inclusive energia suficiente para isso. As transformações de estado de consciência através de substâncias… é uma exigência, pelo menos para mim, para minha pessoa e condição. É uma coisa de muita exigência física, exigência mental, então não tenho gosto, não tenho ímpeto e nem coragem para fazer esses exercícios de expansão mental tão exigentes”, finalizou.

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